A primeira coisa a entender a respeito da mente é que há uma tagarelice constante.
Quer você esteja falando ou não, ela continua a falar internamente. Quer você esteja acordado ou adormecido, a conversa interna continua, como uma espécie de ruído de fundo. Se esse falatório interno puder ser silenciado, mesmo que durante um único instante, você terá uma breve visão do estado de ausência da mente. Esse é o objetivo e a essência da meditação.
Como chegar, então, a um intervalo no qual a mente pare com a falação interna? Não é necessário nenhum esforço, pois, na verdade, este intervalo acontece o tempo todo, basta estar atento. Entre dois pensamentos há um intervalo. Até mesmo entre duas palavras há um intervalo. Sua percepção de mundo precisa ser alterada. Geralmente você está atento as palavras e não aos intervalos. A mente só pode ver uma coisa de cada vez.
Portanto, quando você está prestando atenção nas palavras, não é possível ver o silêncio que vem depois de cada uma delas. Mude o seu foco. Permaneça em silêncio. Sem esforço, sem estresse. De forma relaxada, fácil. Escorregue da borda das palavras para dentro dos intervalos, e permita que as palavras desapareçam aos poucos. As palavras são as figura
s, o silêncio é o fundo. Palavras vão e voltam, o silêncio permanece.
Quando você nasceu, nasceu como silêncio, veio ao mundo com um vazio infinito. E então você começou a colecionar palavras. A mente significa palavras, o ser significa silêncio. A mente não é nada além das palavras que você acumulou. O silêncio é aquilo que sempre esteve com você. Este é o sentido do ser. É uma qualidade intrínseca. Em segundo plano, por trás do silêncio, você vai acumulando as palavras, e o conjunto das palavras é conhecido como mente.
Cada palavra é um precipício: a partir delas é possível mergulhar no vale do silêncio. Então se livre das garras da mente, livre-se do falatório constante.
Osho: Aprendendo a silenciar a mente.
trecho tirado do @osho_frases
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