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O Tao - parte 1

A palavra em chinês pode significar caminho, estrada, curso ou método.

Para essa tradição, o Tao é a força cósmica subjacente que cria o universo, compreendendo em si o fluxo natural de surgimento e desaparecimento dos fenômenos, os quais dele emergem e a ele retornam.


O texto mais importante do taoísmo é o Tao Te Ching - Livro do Caminho e da Virtude, c. 300 a.C. - nele consta que o Tao é a fonte do universo, o princípio criador, mas não como uma divindade.


A natureza manifesta-se espontaneamente, sem uma intenção superior, cabendo ao ser humano integrar-se, por meio da não-ação wuwei e da espontaneidade ziran, ao seu fluxo e ritmos, para alcançar a felicidade e uma vida longa.

O taoísmo não se configurou como uma religião. Ele é uma combinação de ensinamentos de várias fontes, manifestando-se como um sistema que pode ser filosófico, religioso ou ético. Essa tradição também pode ser apresentada como uma cosmovisão e um modo de vida.




o Tao Te Ching inicia-se assim:


“O tao que pode ser dito não é o tao eterno.

O nome que pode ser nomeado não é o nome eterno”.


O tao é mais profundo que os mais profundos dos mistérios que a mente possa imaginar. Não pode ser explicado porque supera a capacidade de compreensão da mente humana.

O tao existia antes que tudo existisse, é sem início ou fim.

Do tao brota a origem da existência, o Um. Do Um vem a relação das forças complementares yin e yang, que se opõem, mas são inseparáveis. A interação entre yin e yang se expressa nas três forças do universo: céu, terra e humanidade.

Dessas três forças surge tudo que há no cosmo.

O tao é imperceptível, indescritível, sobre ele nada pode ser dito, não pode ser qualificado, e de maneira latente ele contém todas as formas. Não se pode ver o tao, mas se pode experimentá-lo nos ciclos e ritmos da natureza: dia e noite; primavera, verão, outono, inverno; vida e morte.

O que Lao Tzu chama o tao eterno ou o tao constante é na realidade inominável. Os nomes (ou substantivos) determinam o lugar das coisas no universo, hierarquizando-as.

No entanto o tao está fora dessas categorias, é algo concebível como não tendo forma.

Assim, o taoísmo ensina que não se pode entender completamente o tao e que o foco deve ser em viver em harmonia com ele, ou seja, seguir o fluxo do universo. A realização da natureza do tao na mente, por meio da libertação das instruções conceituais e das distrações passionais, faz com que ele se manifeste livremente no praticante. Por isso, o sábio não intervém, mas possui total controle da realização espontânea que está incessantemente em curso no universo.


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